住建部公布30家违法违规中介 重庆钢运上黑榜——重庆频道


Ironia, em seu sentido mais amplo, é a justaposi??o entre aquilo que aparenta ser à primeira vista e aquilo que realmente é ou se espera que seja. Costuma figurar como um dispositivo retórico e técnica literária. Em alguns contextos filosóficos, porém, assume uma importancia maior, caracterizando todo um modo de vida.
A ironia já foi definida de diversas maneiras, e n?o há consenso geral sobre a melhor forma de organizar seus vários tipos.
Etimologia
[editar | editar código fonte]?Ironia? provém do grego eironeia (ε?ρωνε?α) e data do século V a.C. O termo foi cunhado em referência ao personagem‐tipo da Comédia Antiga (como a de Aristófanes) chamado eiron, que dissimula e aparenta menos inteligência que possui — triunfando, assim, sobre seu oposto, o alazon, fanfarr?o vanglorioso.[1][2][3]
Embora inicialmente sin?nima de mentira, nos diálogos de Plat?o eironeia passou a significar ?uma simula??o intencional que o ouvinte deve reconhecer?.[4] Em termos simples, passou a abranger a defini??o geral de ?expressar algo usando linguagem que normalmente significa o oposto, geralmente para efeito humorístico ou enfático?.[5]
Até o Renascimento, a forma latina ironia era vista como parte da retórica, normalmente uma espécie de alegoria, segundo os moldes de Cícero e Quintiliano no início do século I d.C.[6] ?Ironia? entrou no inglês do século XVI com significado semelhante ao do francês ironie, derivado do latim.[7]
Por volta do fim do século XVIII, ?ironia? ganha outro sentido, atribuído a Friedrich Schlegel e a outros do primeiro Romantismo alem?o. Eles prop?em um conceito de ironia que n?o é mera ?brincadeira artística?, mas uma ?forma consciente de cria??o literária?, envolvendo a ?alternancia constante de afirma??o e nega??o?.[8] Deixa de ser apenas recurso retórico para tornar?se uma postura metafísica diante do mundo.[9]
O problema da defini??o
[editar | editar código fonte]é lugar?comum iniciar um estudo sobre ironia reconhecendo que o termo simplesmente escapa a qualquer defini??o única.[10][11][12] O filósofo Richard J. Bernstein abre Ironic Life observando que um levantamento da literatura sobre ironia deixa ao leitor a impress?o ?dominante? de que os autores est?o ?falando de assuntos diferentes?.[13] De fato, o linguista Geoffrey Nunberg nota uma tendência de o sarcasmo acabar assumindo o papel linguístico da ironia verbal em meio a toda essa confus?o.[14]
No The King's English (1906), Henry Watson Fowler escreve: ?qualquer defini??o de ironia — ainda que centenas possam ser dadas, e poucas sejam aceitas — deve incluir que o significado superficial e o significado oculto do que se diz n?o s?o os mesmos?. Disso decorre o conceito de dupla audiência: ?uma parte que, ouvindo, n?o entende; e outra parte que, quando se quer dizer mais do que parece, percebe tanto esse “mais” quanto a incompreens?o dos de fora?.[15]
Com base nessa premissa, o teórico Douglas C. Muecke aponta três características essenciais de toda ironia:
- A ironia depende de um fen?meno em dois níveis: ?No nível inferior está a situa??o como aparece à vítima ou como é apresentada de forma enganosa pelo ironista?. O nível superior é a situa??o tal como aparece ao leitor ou ao ironista.[16]
- O ironista explora a contradi??o ou incompatibilidade entre os dois níveis.
- A ironia joga com a inocência da vítima: ?Ou a vítima ignora a possibilidade de haver um nível superior que invalide o seu, ou o ironista finge ignorá?lo?.[17]
Para Wayne Booth, esse duplo caráter torna a ironia um fen?meno retoricamente complexo: pode fortalecer la?os sociais, mas também aprofundar divis?es.[18]
Tipos de ironia
[editar | editar código fonte]Classificar a ironia em tipos distintos é quase t?o polêmico quanto defini?la. Obras de referência costumam listar pelo menos ironia verbal, ironia dramática, ironia cósmica e ironia romantica.[19][20][21][22] Os três últimos contrastam?se com a ironia verbal como formas de ironia situacional, isto é, em que n?o há ironista expresso.[23]
Ironia verbal é ?uma declara??o em que o significado pretendido difere acentuadamente do significado ostensivo?.[24] é produzida intencionalmente pelo falante. Samuel Johnson exemplifica com ?Bolingbroke era um homem santo? (quando n?o era).[25][26] Hipérbole, litote e ingenuidade fingida também podem caber aqui.[27]
Ironia dramática dá ao público informa??es que as personagens ignoram, permitindo reconhecer suas a??es como contraproducentes ao que a situa??o exige.[28] Distingue?se instala??o, explora??o e resolu??o, criando conflito dramático quando uma personagem se apoia em algo cujo contrário o público sabe ser verdadeiro.[29] Ironia trágica é caso particular.
Ironia cósmica (ou ?do destino?) mostra agentes frustrados por for?as além do controle humano, associada às obras de Thomas Hardy.[30][31]
Ironia romantica aproxima?se da cósmica, mas é o autor quem assume o papel da for?a superior — como o narrador de A Vida e as Opini?es do Cavalheiro Tristram Shandy.[32]
Outra tipologia
[editar | editar código fonte]Partindo da estrutura em dois níveis da ironia, o autodenominado ?ironólogo? D. C. Muecke prop?e uma maneira complementar de classificar fen?menos ir?nicos. Ele distingue, em cruzamento, três grada??es e quatro modos de enuncia??o ir?nica.
Três grada??es de ironia
[editar | editar código fonte]As grada??es se distinguem ?pelo grau em que o verdadeiro sentido é ocultado?. Muecke as chama de aberta, velada e privada:[33]
- Ironia aberta – o sentido real é evidente para todas as partes; o efeito provém da ?patente? contradi??o. Exemplos sarcásticos classificados como ir?nicos costumam ser deste tipo. Perde for?a com a repeti??o.[34]
- Ironia velada – ?destinada a n?o ser vista, mas detectada?. O ironista finge ignorancia, correndo o risco de que a ironia passe despercebida; exige contexto retórico mais amplo.[35]
- Ironia privada – n?o se pretende que ninguém a perceba; serve apenas ao deleite interno do ironista. Mr. Bennet, em Orgulho e Preconceito, deleita?se ao ver sua esposa levar a sério observa??es que ele próprio julga ir?nicas.[36]
Quatro modos de ironia
[editar | editar código fonte]Os modos se distinguem ?pelo tipo de rela??o entre o ironista e a ironia?. S?o eles: ironia impessoal, ironia autodepreciativa, ironia ingênua e ironia dramatizada:[37]
- Ironia impessoal – marcada pelo tom deadpan ou ?cara de poker? do ironista; abrange humor seco, fingida concordancia, falsa ignorancia, atenua??o, exagero etc.[38]
- Ironia autodepreciativa – introduz a personalidade do ironista numa performance transparente, visando dirigir a ironia a outro alvo. Ex.: Sócrates lamenta a ?má memória? para criticar o prolixo Protágoras.[39]
- Ironia ingênua – baseia?se numa ignorancia assumida e convincente; paradigma: A Roupa Nova do Imperador ou o Bobo em Rei Lear.[40]
- Ironia dramatizada – simples apresenta??o de situa??es ir?nicas para deleite do público, sem que o ironista apare?a; comum nos romances de Gustave Flaubert.[41]
A dimens?o retórica
[editar | editar código fonte]Parte da série de artigos sobre a |
Retórica |
---|
Cinco pilares |
Tratar a ironia como retórica é considerá?la ato comunicativo.[42] Em A Rhetoric of Irony, Wayne C. Booth pergunta ?como conseguimos partilhar ironias e por que tantas vezes falhamos?.[43]
Como a ironia expressa algo contrário ao literal, requer do público certa ?tradu??o?.[44] Booth aponta três acordos básicos para que essa tradu??o funcione: domínio comum da língua, valores culturais partilhados e (nas artes) experiência de gênero.[45]
O n?o reconhecimento gera embara?o maior que o simples erro factual, pois a ironia envolve identidades e cren?as profundas.[46] Ao mesmo tempo, fortalece a comunidade dos que a compreendem.[47]
Ironia geral, ou ?ironia como modo de vida?
[editar | editar código fonte]Em contextos filosóficos, ?ironia? pode designar um modo de vida ou verdade universal sobre a condi??o humana. Booth nota que o termo tende a ligar?se a ?um tipo de caráter — os astutos eirons de Aristófanes, o desconcertante Sócrates de Plat?o — e n?o a um só recurso?.[48] Aqui, o que a ironia cósmica expressa retoricamente ganha peso existencial ou metafísico.[49][50]
Friedrich Schlegel
[editar | editar código fonte]à frente do Frühromantik (1797–1801), Schlegel prop?s o ?imperativo romantico?: dissolver a barreira entre arte e vida por meio de uma ?nova mitologia? moderna.[51] Contra o fracasso fundacionalista (ex. Johann Gottlieb Fichte),[52] a ironia seria o reconhecimento de que, embora a verdade absoluta seja inalcan?ável, ?devemos buscá?la para nos aproximarmos dela? — à maneira de Sócrates.[53][54] Ela capta a situa??o humana: sempre rumo ao infinito, mas sem jamais possuí?lo por completo.[55]
Interpreta??o de Hegel
[editar | editar código fonte]G. W. F. Hegel op?s?se à ironia romantica, vendo?a como trivial e antag?nica ao que é substancial, em contraste com a ironia socrática que antecipa seu método dialético.[56] Para Rüdiger Bubner, Hegel ?compreendeu mal? Schlegel ao ignorar sua abertura a uma filosofia sistemática.[57]
S?ren Kierkegaard
[editar | editar código fonte]Tese VIII de O Conceito de Ironia define a ironia como ?negatividade infinita e absoluta? — crítica total à realidade sem oferecer alternativa positiva.[58][59] Para Kierkegaard, Sócrates personifica tal negatividade. Seus pseud?nimos literários exploram o impasse existencial dessa autoconsciência poética.[60] A ironia é ponto de partida: destrói ilus?es, abrindo espa?o para um compromisso ético ou religioso genuíno.[61]
Sobreposi??o com a ironia retórica
[editar | editar código fonte]Referindo?se a obras autoconscientes como Dom Quixote e A Vida e as Opini?es do Cavalheiro Tristram Shandy, Muecke destaca Marat/Sade' de Peter Weiss: pe?a dentro da pe?a, encenada por internos de um asilo, onde n?o se sabe se os discursos se dirigem às personagens ou ao público.[62]
Anne K. Mellor, em English Romantic Irony, vê na ironia romantica ?tanto uma concep??o filosófica do universo quanto um programa artístico?; caracteriza o mundo como fundamentalmente caótico e sem finalidade ordenada.[63]
A metafic??o — fic??o que revela sua própria artificialidade — é frequentemente classificada como forma de ironia romantica, fen?meno que ganha f?lego após a Segunda Guerra Mundial.[64] Exemplos célebres incluem A Mulher do Tenente Francês, de John Fowles, cujo capítulo 13 rompe deliberadamente a ?suspens?o da descren?a?.[65]
Fen?menos relacionados
[editar | editar código fonte]Sarcasmo
[editar | editar código fonte]Há confus?o entre ironia verbal e sarcasmo. Diversas fontes os distinguem: a ironia exprime o oposto do sentido literal; o sarcasmo é crítica mordaz muitas vezes ir?nica, mas nem sempre. Estudos psicolinguísticos indicam que a ridiculariza??o é componente central do sarcasmo, mas n?o da ironia verbal em geral.[66][67] Apesar disso, leigos tendem a rotular a maioria das ironias como ?sarcasmo?.[68]
Uso incorreto do termo
[editar | editar código fonte]Falantes de inglês frequentemente reclamam do uso impreciso de irony/ironic para designar meras coincidências.[69] Desde o século XVII, contudo, já se emprega o termo em sentido amplo para ?contradi??o entre expectativa e circunstancia?.[70]
Ver também
[editar | editar código fonte]Referências
- ↑ (Abrams & Harpham 2008, p. 165)
- ↑ (Preminger & Brogan 1993, p. 633)
- ↑ (Frye 1990, p. 172)
- ↑ (Colebrook 2004, p. 6)
- ↑ (OED staff 2016, sense 1.a)
- ↑ (Colebrook 2004, p. 7)
- ↑ (OED staff 2016, etymology)
- ↑ (Preminger & Brogan 1993, p. 634)
- ↑ (Cuddon 2013, p. 372)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 14–15)
- ↑ (Booth 1974, pp. ix–x)
- ↑ (Colebrook 2004, p. 1)
- ↑ (Bernstein 2016, p. 1)
- ↑ (Kreuz 2020, cap. 9, § “Skunked Terms?”)
- ↑ (Fowler 1994)
- ↑ (Muecke 2023, p. 19)
- ↑ (Muecke 2023, p. 20)
- ↑ (Booth 1974, p. ix)
- ↑ (Preminger & Brogan 1993, pp. 633–35)
- ↑ (Abrams & Harpham 2008, pp. 165?68)
- ↑ (Hirsch 2014, pp. 315–17)
- ↑ (Cuddon 2013, pp. 371–73)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 42, 99)
- ↑ (Abrams & Harpham 2008, p. 165)
- ↑ (Hirsch 2014, p. 315)
- ↑ (Johnson 2021)
- ↑ (Hirsch 2014, pp. 315–16)
- ↑ (Abrams & Harpham 2008, p. 167)
- ↑ (Stanton 1956, pp. 420–26)
- ↑ (Abrams & Harpham 2008, p. 167)
- ↑ (Hirsch 2014, p. 316)
- ↑ (Abrams & Harpham 2008, p. 168)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 52–53)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 52–53)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 56–59)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 59–60)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 64–92)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 64?86)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 87?88)
- ↑ (Muecke 2023, p. 91)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 91?92)
- ↑ (Booth 1974, p. 7)
- ↑ (Booth 1974, p. ix)
- ↑ (Booth 1974, p. 33)
- ↑ (Booth 1974, p. 100)
- ↑ (Booth 1974, pp. xi, 44)
- ↑ (Booth 1974, p. 28)
- ↑ (Booth 1974, pp. 138?39)
- ↑ (Muecke 2023, p. 120)
- ↑ (Bernstein 2016, pp. 1?13)
- ↑ (Beiser 2006, pp. 6?19)
- ↑ (Beiser 2006, pp. 107?130)
- ↑ (Beiser 2006, pp. 128?29)
- ↑ (Bubner 2003, pp. 207?08)
- ↑ (Frank 2004, p. 218)
- ↑ (Inwood 1992, pp. 146?50)
- ↑ (Bubner 2003, p. 213)
- ↑ (Kierkegaard 1989, p. 6)
- ↑ (Bernstein 2016, p. 89)
- ↑ (S?derquist 2013, pp. 252?60)
- ↑ (Bernstein 2016, pp. 94?99)
- ↑ (Muecke 2023, pp. 178?80)
- ↑ (Mellor 1980, pp. 4, 187)
- ↑ (Giesing 2004, p. 6)
- ↑ (Nicol 2009, pp. 108?109)
- ↑ (Lee & Katz 1998)
- ↑ (Martin 2007)
- ↑ (Bryant & Fox Tree 2002)
- ↑ (Conley 2011, p. 81)
- ↑ (Online Etymology 2017)
Bibliografia
[editar | editar código fonte]- Abrams, M. H.; Harpham, Geoffrey (2008). A Glossary of Literary Terms. [S.l.]: Cengage Learning. ISBN 978-1413033908
- Beiser, Frederick C. (2006). The Romantic Imperative: The Concept of Early German Romanticism. [S.l.]: Harvard University Press. ISBN 978-0674019805
- Bernstein, Richard J. (2016). Ironic Life. [S.l.]: Polity Press. ISBN 978-1509505722
- Booth, Wayne C. (1974). A Rhetoric of Irony. [S.l.]: University of Chicago Press. ISBN 978-0226065533
- Brooks, Cleanth (1947). The Well Wrought Urn: Studies in the Structure of Poetry. [S.l.]: Houghton Mifflin Harcourt. ISBN 978-0156957052
- Bubner, Rüdiger (2003). The Innovations of Idealism. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0521662628
- Colebrook, Claire (2004). Irony. [S.l.]: Psychology Press. ISBN 978-0415251334
- Cuddon, J. A. (2013). A Dictionary of Literary Terms and Literary Theory. [S.l.]: John Wiley & Sons. ISBN 978-1444333275
- Cross, Andrew (1998). Alastair Hannay; Daniel Marino, eds. Neither Either Nor Or: The Perils of Reflexive Irony. The Cambridge Companion to Kierkegaard. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0521477192
- Frye, Northrop (1990). Anatomy of Criticism: Four Essays. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0691012988
- Fowler, Henry Watson (1994). A Dictionary of Modern English Usage. [S.l.]: Wordsworth Editions. ISBN 1-85326-318-4
- Frank, Manfred (2004). The Philosophical Foundations of Early German Romanticism. [S.l.]: SUNY Press. ISBN 978-0791459485
- Hegel, Georg Wilhelm Friedrich (1975). Aesthetics: Lectures on Fine Art. Traduzido por Knox, T. M. [S.l.]: Oxford University Press
- Hirsch, Edward (2014). A Poet's Glossary. [S.l.]: Houghton Mifflin. ISBN 978-0151011957
- Inwood, Michael (1992). A Hegel Dictionary. [S.l.]: Wiley. ISBN 978-0631175339
- Johnson, Samuel (2021). ?I'rony n.s.?. A Dictionary of the English Language
- Kierkegaard, S?ren (1989). The Concept of Irony with Continual Reference to Socrates. Traduzido por Howard V. Hong; Edna H. Hong. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0691020723
- Kreuz, Roger (2020). Irony and Sarcasm eBook ed. [S.l.]: MIT Press. ISBN 978-0262538268
- Mellor, Anne K. (1980). English Romantic Irony. [S.l.]: Harvard University Press. ISBN 978-0674256903
- Muecke, D. C. (2017). Irony and the Ironic. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-1138229631
- Muecke, D. C. (2023). The Compass of Irony. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 978-0367655259
- Nehamas, Alexander (2000). The Art of Living: Socratic Reflections from Plato to Foucault. [S.l.]: University of California Press. ISBN 978-0520224902
- Newmark, Kevin (2012). Irony on Occasion: From Schlegel and Kierkegaard to Derrida and de Man. [S.l.]: Fordham University Press. ISBN 978-0823240135
- OED staff (2016). ?Irony, n.?. Oxford English Dictionary. Oxford University Press
- Preminger, Alex; Brogan, Terry V. F. (1993). The New Princeton Encyclopedia of Poetry and Poetics. [S.l.]: MJF Books. ISBN 978-1567311525
- Rorty, Richard (1989). Contingency, Irony, and Solidarity. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0521367813
- Rush, Fred (2016). Irony and Idealism: Rereading Schlegel, Hegel and Kierkegaard. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0199688227
- Stanton, R. (1956). ?Dramatic Irony in Hawthorne's Romances?. Johns Hopkins University Press. Modern Language Notes. 71 (6): 420–426. doi:10.2307/3043161