港珠澳大桥浅水区非通航孔桥梁基础围堰施工技术
Catalunha
Catalu?a Catalunya Catalonha | |
---|---|
Comunidade autónoma | |
![]() | |
Hino | Els Segadors ("Os Ceifadores") |
Gentílico | catal?o/catal? |
Localiza??o | |
![]() | |
Administra??o | |
Capital | Barcelona 41° 23′ N, 2° 11′ L |
Presidente | Salvador Illa (Partido dos Socialistas da Catalunha) |
Características geográficas | |
área total | 32,114 § km2 |
Popula??o total (2016) | 7,522,596 ? hab. |
Densidade | 234 hab./km2 |
Outras informa??es | |
Províncias | Barcelona, Girona, Lérida, Tarragona |
Idioma oficial | Catal?o, castelhano e occitano (aranês). |
Estatuto de autonomia | 9 de setembro de 1932 18 de setembro de 1979 20 de julho de 2006 (reforma) 10 de outubro de 2017 Declara??o de independência[1] |
ISO 3166-2 | ES-CT |
Congresso Senado |
47 assentos 16 assentos |
Sítio | Generalidade da Catalunha |
§ 6,3% da área total de Espanha ? 15,96% da popula??o total de Espanha |
Catalunha (em catal?o: Catalunya, em occitano: Catalonha, em castelhano: Catalu?a) é uma comunidade aut?noma da Espanha localizada na extremidade leste da Península Ibérica. é designada como uma nacionalidade pelo seu Estatuto de Autonomia.[2] A Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona, ??Girona, Lérida e Tarragona. A capital e a maior cidade é Barcelona, ??o segundo município mais povoado de Espanha e a quinta área urbana mais populosa da Uni?o Europeia. A Catalunha compreende a maior parte do território do antigo Principado da Catalunha (com exce??o de Rossilh?o, agora parte dos Pireneus Orientais da Fran?a). Tem fronteiras com a Fran?a e Andorra ao norte, o Mar Mediterraneo a leste e as comunidades aut?nomas espanholas de Arag?o a oeste e Valência ao sul. As línguas oficiais s?o o catal?o, o espanhol e o occitano aranês.[3]
No final do século VIII, vários condados nos Pireneus orientais foram estabelecidos pelo Reino Franco como uma barreira defensiva contra as invas?es mu?ulmanas. No século X, o Condado de Barcelona tornou-se progressivamente independente. Em 1137, Barcelona e o Reino de Arag?o foram dinasticamente unidos sob a denomina??o de Coroa de Arag?o. Dentro da Coroa, os condados catal?es adotaram uma entidade política comum, o Principado da Catalunha, desenvolvendo seu próprio sistema institucional, como Cortes, Generalidade e constitui??es, tornando-se a base para o comércio e expansionismo da Coroa no Mediterraneo. No final da Idade Média, a literatura catal? floresceu. Em 1469, o rei de Arag?o e a rainha de Castela se casaram e governaram seus reinos juntos, mantendo todos as suas institui??es e legisla??es distintas.
Durante a Guerra Franco-Espanhola (1635–1659), a Catalunha se revoltou (1640–1652) contra uma grande e pesada presen?a do exército real em seu território, tornando-se brevemente uma república sob prote??o francesa, até que o exército espanhol reconquistasse a área. Nos termos do Tratado dos Pireneus, em 1659, a Coroa Espanhola cedeu as partes do norte da Catalunha, principalmente o Rossilh?o, para a Fran?a. Durante a Guerra da Sucess?o Espanhola (1701–1714), a Coroa de Arag?o partiu contra o Bourbon Felipe V da Espanha, após a derrota catal? em 11 de setembro de 1714, Filipe imp?s uma administra??o unificadora em toda a Espanha, promulgando os Decretos de Nueva Planta que, como nos outros reinos da Coroa, suprimiram as institui??es e direitos catal?es. Isso levou ao eclipse do catal?o como língua de governo e literatura, substituído pelo espanhol.
No século XIX, a Catalunha foi severamente afetada pelas Guerras Napoleónicas e Carlistas. Na segunda metade do século, experimentou uma significativa industrializa??o. à medida que a riqueza da expans?o industrial crescia, houve um renascimento cultural juntamente com o nacionalismo incipiente, enquanto vários movimentos operários apareceram. Com o estabelecimento da Segunda República Espanhola (1931–1939), a Generalidade da Catalunha foi restaurada como um governo autónomo. Contudo, após a Guerra Civil Espanhola, a ditadura franquista decretou medidas repressivas, aboliu as institui??es catal?s e proibiu novamente o uso da língua catal?. Depois de uma autarquia, do final dos anos 1950 ao início dos anos 1970 passou por um rápido crescimento económico, o que tornou Barcelona uma das maiores áreas metropolitanas industriais europeias e a Catalunha em um importante destino turístico internacional. Com a redemocratiza??o espanhola (1975–1982), a Catalunha havia recuperado um alto grau de autonomia e resta uma das comunidades mais prósperas da Espanha. Em 2017, o seu estatuto constitucional voltou a ser objeto de disputa após um referendo de autodetermina??o culminar em uma declara??o unilateral de independência feita pelo Parlamento Catal?o,[4] sem reconhecimento internacional. O Senado da Espanha aprovou a institui??o do artigo 155 da Constitui??o e suspendeu a autonomia da comunidade até à realiza??o de novas elei??es locais em dezembro.[5]
Etimologia
[editar | editar código fonte]O nome Catalunya (Catalunha) Cathalonia, ou Cathalaunia no latim medieval — come?ou a ser usado para a pátria dos catal?es (Cathalanenses) no século XI e foi usado provavelmente antes como uma referência territorial ao grupo dos condados que compreendeu parte da Marca de Gócia e a Marca Hispanica sob o controle do Conde de Barcelona e seus parentes. A origem do nome Catalunya está sujeita a interpreta??es diversas devido à falta de provas.
Uma teoria sugere que Catalunya deriva do nome Gócia (ou Gáucia) Launia ("Terra dos Godos"), desde que as origens dos contagens catal?es, senhores e povos foram encontradas na Marca de Gócia, conhecido como Gócia, de onde Gothland> Gothlandia> Gothalania> Cathalaunia> Catalunya derivada teoricamente. Durante a Idade Média, cronistas bizantinos alegaram que Catalania deriva da fus?o local de godos com alanos, inicialmente constituindo Godo-Alania.
Isaac Newton no seu livro "As profecias do Apocalipse e o Livro de Daniel" refere que o nome Catth-Alania ou Cathaala Unia foi um nome colocado pelos Catos e Alanos, dois povos que habitaram essa zona da atual Espanha.
História
[editar | editar código fonte]Pré-história
[editar | editar código fonte]
O primeiro povoamento do território data da época do Paleolítico Médio. Os vestígios mais antigos encontrados correspondem à mandíbula de um pré-Neandertal encontrada em Banyoles, com 25 mil anos. Existem amostras de pinturas rupestres em Ulldecona, e megalíticos médios espalhados por toda a Catalunha. Os mais destacados s?o o da Cova d'en Daina, Creu d'en Cobertella o na Costa dels Garrics.
Durante a Idade do Bronze, a cultura dos campos de incinera??o, uma prática vinda da Europa Central, assim como a apari??o do bronze permitem o desenvolvimento dos primeiros povos, ofícios, uma certa organiza??o hierárquica e, sobretudo, uma primeira amostra de povoamento urbanizado. Exemplo disso a grande quantidade de objetos e outros elementos encontrados no Llavorsí (Pallars Sobirà) e no Barranc de Gàfols (no Baix Ebre).
Idade Antiga
[editar | editar código fonte]A coloniza??o na idade antiga deu-se em duas etapas. A primeira etapa deu-se com o início da coloniza??o pelos Gregos e Cartagineses. A segunda etapa corresponde a romaniza??o da Catalunha iniciada em 218 a.C. O início da presen?a romana na Catalunha come?a com a Segunda Guerra Púnica. O atual território catal?o foi primeiro englobado na província chamada Hispania Citerior, para formar parte desde o ano de 27 a.C. a Tarraconense, cuja capital foi Tarraco (atual Tarragona). Com a crise do século III que afetou o Império Romano, a Catalunha foi afetada gravemente com destrui??o e abandono das vilas romanas.
Idade Média
[editar | editar código fonte]
No século V com a invas?o dos povos germanicos, os Visigodos instalaram-se em Tarraconense e em 475 o rei visigodo Eurico formou o Reino Visigodo de Tolosa. Os Visigodos dominaram a regi?o até ao século VIII. Em 711, os árabes iniciam a conquista da Península Ibérica, algumas batalhas tomaram conta de regi?o principalmente em Tarragona. No último quarto do século VIII veio a reac??o dos carolíngios, que conseguiram o domínio das actuais cidades de Girona e Barcelona. No final do século IX, Carlos II (ou Carlos, "o Calvo") nomeou Vifredo, o Veloso Conde de Barcelona e Gerunda. Antes de morrer, marca um precedente, designando aos seus três filhos as terras a herdar. Somente no século seguinte houve independência em rela??o ao poder carolíngio.
O Condado de Barcelona corresponde ao território governado pelos Condes de Barcelona entre os séculos IX e XVIII, como uma entidade política na Catalunha. No século XI desenvolveu-se uma Catalunha feudal. Com o casamento do conde Raimundo Berengário IV de Barcelona com Petronila de Arag?o (do Reino de Arag?o) formou-se como confedera??o a Coroa de Arag?o, de que Raimundo se torna Príncipe-Regente, mantendo ambos, reino e condado (mais tarde como o Principado da Catalunha), suas próprias institui??es administrativas. O filho da uni?o de Raimundo Berengário IV de Barcelona com Petronila de Arag?o, Afonso II de Arag?o, foi o primeiro rei da dinastia da Casa de Barcelona no trono da Coroa de Arag?o. A expans?o da Coroa, teve início com a conquista das cidades de Lérida, Tortosa, Reino de Maiorca (nas Ilhas Baleares), Reino de Valência (que permaneceu com corte própria), Coroa da Sicília, Minorca (nas Ilhas Baleares) e Sardenha (ilha italiana).
Ao mesmo tempo, o Principado da Catalunha desenvolveu um complexo sistema institucional e político baseado no conceito de pacto entre os estamentos do reino e o rei. As leis tinham que ser aprovadas nas Cortes Catal?s (Corts Catalanes), um dos primeiros órg?os parlamentares da Europa que proibiu o poder real de criar legisla??o unilateralmente (desde 1283).[6] Em 1359, as Cortes estabeleceram a Generalidade (Generalitat), consolidando o sistema constitucional catal?o. Até às primeiras décadas do século XIV, a coroa teve o seu apogeu, que come?ou a mudar com o surgimento de catástrofes naturais, crises demográficas, recess?o da economia catal?, o surgimento de tens?es sociais e crise sucessora (o Rei Martin I n?o deixou sucessor nomeado). Em 1443, após a conquista do Reino de Nápoles a crise se agravou.
Foi nessa altura, em 1463, que surge o D. Pedro de Coimbra, Condestável de Portugal, para obter a sua coroa, No entanto, acaba por morrer passado apenas três anos ainda sem consensualizar essa sua posi??o.
Idade Moderna
[editar | editar código fonte]Em 1469, o Rei Fernando II de Arag?o, da Casa de Trastamara, casou-se com Isabel I de Castela o que conduziu a uma uni?o dos dois reinos e a forma??o da Monarquia Católica. A Catalunha passa a ser um principado periférico dentro da confedera??o hispanica que com os descobrimentos e casamentos reais consegue dominar a Europa. Cada reino tinha as suas próprias leis, moedas, cortes ou línguas.

Nos séculos XVI e XVII, a Catalunha viveu um período de decadência. Em 1640 a obriga??o de alojar tropas castelhanas, o abuso dos militares e as consequências derivadas da guerra provocam grande enojo entre a popula??o catal?. Em 7 de junho do mesmo ano, durante a festividade do Corpo de Deus, um ceifeiro (em catal?o “segador”) é morto, o que a sua vez leva à morte do Conde de Santa Coloma, a maior autoridade da monarquia na Catalunha nessa altura. Os catal?es envolveram-se num conflito, a Guerra dos Segadores, de 1640 até 1652, contra a presen?a de tropas de Castela em território catal?o, durante a guerra dos trinta anos, o que acarretou a posterior incorpora??o do Rossilh?o no reino francês.
Durante a Guerra de Sucess?o Espanhola (1701–1713/1715), a Catalunha apoiou o pretendente austríaco (tal como Inglaterra, os Países Baixos e Portugal), assinando-se em 1713 a paz com o Tratado de Utrecht, deixando os catal?es abandonados ao seu destino. Apesar de conseguirem resistir e inclusive vencer as tropas borbónicas, tal como na Batalha de Talamanca, o avan?o do exército real continua. O cerco de Barcelona culminou com a Batalha de 11 de Setembro de 1714. Apesar do heroico combate, acabou quase completamente com a oposi??o catal?, que se rendeu às tropas do pretendente francês a 18 de Setembro no último castelo a cair, o de Cardona. O novo rei, Filipe V de Espanha (conhecido como Filipe de Anjou, era neto do rei francês Luís XIV), proclamou o Decreto da Nova Planta. Com este Decreto, o principado, assim como todos os outros que apoiaram ao arquiduque Carlos de áustria, deixou de ter um governo próprio (as Cortes, a Generalidade, o Consell de Cent (Conselho de Cento) e restantes institui??es de autogoverno catal?s foram abolidas).
Idade Contemporanea
[editar | editar código fonte]
No século XIX foi severamente afetada pelas guerras napoleónicas e carlistas. Ao longo do século XIX a Catalunha representa a for?a industrial da Espanha, é a primeira a introduzir a industrializa??o através do vapor em primeiro lugar. O têxtil representa a for?a da indústria catal? do século XIX. Também o comércio com as na??es americanas contribuir a revolu??o alimentaria, industrial, dos transportes e tecnológica. O capital estrangeiro investe na Catalunha e isso introduz a siderurgia, além de outros novos elementos característicos da Revolu??o Industrial. Os primeiros bancos conseguem grande impulso durante a chamada Febre do Ouro até à quebra dos mercados de 1866. O proletariado come?ou, por tanto, inicialmente na Catalunha e tomou a cidade de Barcelona, como centro das manifesta??es.
Em 1873 é proclamada a Primeira República Espanhola e destituída a monarquia. Durante a curta vida da república (1873–1874) duas propostas de Estado ser?o debatidas em Madrid. A primeira delas vê a Espanha como uma única na??o, a segunda, apoiada pela Catalunha, pretende um Estado federado. Francesc Pi i Margall, catal?o, é proclamado Presidente. O golpe de estado monárquico acontecerá em 1874. Nos finais do século XIX nasceu o movimento chamado em catal?o "Renaixen?a", que foi o início das reivindica??es do catalanismo político. Os primeiros representantes do catalanismo político foi Valentí Almirall (republicano federal), Enric Prat de la Riba e Francesc Cambó (da Liga Regionalista).
Em 1914, formou-se a Mancomunitat (uni?o administrativa das províncias de Lérida, Barcelona, Tarragona e Girona), primeiro organismo administrativo de Catalunha reconhecido pelo Estado Espanhol desde a Guerra de Sucess?o Espanhola. Seu projeto de moderniza??o incluiu a constru??o de infraestrutura, escolas, bibliotecas e actualiza??o da língua catal?. Foi dissolvida pela ditadura de Primo de Rivera no ano de 1923.

Com a proclama??o da II República Espanhola, em 1931, reconheceu-se a autonomia da Catalunha, n?o obstante se ter chegado a proclamar unilateralmente a República Catal?, mas a proclama??o n?o foi bem aceita pelo governo de Espanha, embora fosse uma proclama??o federalista. Depois de prolongadas negocia??es aprovou-se o seu Estatuto no ano de 1932, aprovado com 99% dos votos por referendum. O novo estatuto dava oficialidade à língua catal?, restabelecia o autogoverno da Catalunha e designava a Catalunha como uma regi?o autónoma, tendo sido eleito Presidente da Generalidade Francesc Macià (da Esquerda Republicana da Catalunha).
Com a derrota dos Republicanos na Guerra Civil (1936–1939), a Catalunha perdeu novamente a sua autonomia, todas as institui??es de autogoverno catal?s foram banidas, e sofreu uma importante e pesada repress?o cultural e linguística (com a aboli??o e proibi??o do uso do catal?o), por parte do Estado Nacionalista Espanhol, totalitário e de inspira??o fascista. Em 1940 o presidente catal?o, Lluís Companys, foi fuzilado pelo regime fascista espanhol.
Os anos após a guerra foram extremamente duros. A Catalunha, como muitas outras partes da Espanha, havia sido devastada pela guerra. A recupera??o dos danos de guerra foi lenta. Durante os anos 60 houve um crescimento espetacular da indústria e do turismo na Catalunha. Em 1977, com a morte do ditador Francisco Franco (1975) e o fim da ditadura, foi a primeira comunidade a recuperar outra vez a sua autonomia, restaurando a Generalidade (exilada desde o fim da Guerra Civil em 1939) e adoptando um novo Estatuto de Autonomia em 1979. Em 1992, Barcelona organizou os Jogos Olímpicos de Ver?o.
Atualmente a Generalidade da Catalunha conta com delega??es no estrangeiro e tem diversas competências exclusivas como seguran?a, saúde, cultura e educa??o. O novo Estatuto de Autonomia da Catalunha, aprovado após um referendo em 2006, foi contestado por importantes setores da sociedade espanhola, especialmente pelo conservador Partido Popular, que enviou a lei ao Tribunal Constitucional de Espanha. Em 2010, o Tribunal declarou n?o válidos alguns dos artigos que estabeleceram um sistema autónomo catal?o de Justi?a, melhores aspectos do financiamento, uma nova divis?o territorial, o estatuto da língua catal? ou a declara??o simbólica da Catalunha como na??o, entre outros. Esta decis?o foi severamente contestada por grandes setores da sociedade catal?, que aumentou as exigências da autodetermina??o.
Geografia
[editar | editar código fonte]


Situada no extremo nordeste da Península Ibérica, a Catalunha é a sexta comunidade autónoma da Espanha em termos de área, ocupando um território de 32.114 km2, e limita a norte com Andorra e Fran?a (com os departamentos dos Pirenéus Orientais, Ariège e Alto Garona, na regi?o Occitania), ao sul com a Comunidade Valenciana, a leste com o mar Mediterraneo e a oeste com Arag?o. A Catalunha tem uma marcada diversidade geográfica, se considerarmos o tamanho relativamente pequeno do seu território. A geografia é condicionada pela costa mediterranea, com 580 km (360 milhas) de litoral, e os Pirenéus ao norte. O território catal?o é dividido em três principais unidades geomorfológicas, os Pirenéus, o sistema mediterraneo catal?o e a Depress?o Central Catal?.[8]
Os Pirenéus catal?es representam quase metade do comprimento dos Pirenéus, uma vez que se estende mais de 200 km. Tradicionalmente diferenciaram-se os Pirenéus Axiais (a parte principal) e os Pré-Pirenéus (sul do Axial) que s?o forma??es montanhosas paralelas às principais cordilheiras mas com altitudes inferiores, menos íngremes e uma forma??o geológica diferente. A montanha mais alta da Catalunha, localizada ao norte da comarca de Pallars Sobirà, é a Pica d'Estats (3.143 m), seguida pelos Puigpedrós (2 914 m). No Pré-Pirenéus situa-se a del Cadí, que separa o vale da Cerdanya da Depress?o Central, causada por eros?o do rio Ebro e seus afluentes.
O sistema mediterraneo catal?o é baseado em duas faixas mais ou menos paralelas à costa, numa dire??o noroeste para sudoeste. Estas duas cordilheiras s?o a Litoral e a Pré-Litoral. A Cordilheira Litoral é extens?o menor e tem altitudes mais baixas, quando a Pre-Litoral é maior em comprimento e em altura. As montanhas mais relevantes desta área s?o Montserrat, Montseny, e o Tibidabo. Dentro das cordilheiras est?o uma série de planícies, as entidades sobre as quais formam as Depress?es Costeira e Pré-Costeira. A depress?o costeira é situada no leste da escala litoral para a costa. A depress?o Pré-Litoral, por outro lado, situa-se no interior, entre as duas cordilheiras, e constitui a base das planícies de Vallès e Penedès.
A maior parte da Catalunha pertence à Bacia do Mediterraneo. A rede hidrográfica catal? é constituída por duas bacias importantes, a do Ebro e a que compreende as bacias internas da Catalunha (respectivamente 46,84% e 51,43% do território), todas elas fluem para o Mediterraneo. Além disso, há a bacia do rio Garona que flui para o Oceano Atlantico, mas cobre apenas 1,73% do território catal?o. Principais rios que banham a Catalunha: Río Ebro e seus afluentes Noguera Pallaresa, Noguera Ribagor?ana, Segre e Valira; outros: Llobregat, Ter, Garona, Fluvià, Besòs, Tordera. A costa catal? é quase rectilínea, com um comprimento de 580 km e algumas unidades geográficas relevantes — as mais relevantes s?o o Cabo de Creus eo Golfo de Roses ao norte e o Delta do Ebro ao sul. A Cordilheira Litoral abra?a a costa em vários pontos, um entre L'Estartit e a cidade de Blanes (Costa Brava), e o outro ao sul, no Costa del Garraf.
Clima
[editar | editar código fonte]Clima mediterranico e Clima temperado com altas temperaturas no Ver?o e invernos húmidos. Na regi?o do Mediterraneo, os ver?es s?o secos e quentes com a brisa do mar, e a temperatura máxima é de cerca de 26–31 °C. O inverno é frio ou um pouco frio, dependendo da localiza??o. Neva frequentemente nos Pirenéus, e ocasionalmente neva em altitudes mais baixas, mesmo pelo litoral. Primavera e outono s?o tipicamente as esta??es mais chuvosas, exceto para os vales pirenaicos, onde o ver?o é tipicamente tempestuoso.
Demografia
[editar | editar código fonte]
De acordo com dados estatísticos oficiais, a popula??o da Catalunha em finais de 2006 era de 7 134 697 habitantes, constituindo 16% do total da popula??o de Espanha. Em 2012, segundo o Instituto de Estatística da Catalunha (IDESCAT),[9] a popula??o desta comunidade soma 7 570 908 habitantes. Desde o século XX, a Catalunha é um país de imigra??o. Os dados do mesmo ano 2012 revelam que 1 443 480 pessoas s?o imigrantes de outras zonas do estado espanhol (sendo a maioria da Andaluzia), e 1 342 271 s?o provenientes de outras zonas da Europa e do mundo, sendo os marroquinos, romenos e equadorenhos, por esta ordem de grandeza decrescente, os mais representados.
Língua
[editar | editar código fonte]O catal?o é uma língua romanica falada por cerca de sete milh?es e meio de pessoas na Catalunha, Comunidade Valenciana (com o nome oficial de valenciano),[10] Ilhas Baleares e Andorra. De acordo com o Estatuto de Autonomia, o catal?o é a língua oficial da Catalunha juntamente com o castelhano, língua oficial do Reino de Espanha. A Generalitat de Catalunya tem desenvolvido legisla??o que promove e protege o uso social do catal?o, de acordo com o defendido pelo Estatuto de Autonomia.
O Aranês, variedade da língua occitana é própria do Vale de Ar?o (Val d' Aran) e língua co-oficial da Catalunha. Esta pequena área de 7 mil habitantes foi o único lugar onde um dialeto do occitano recebeu status oficial completo.
Governo e política
[editar | editar código fonte]

O Estatuto de Autonomia da Catalunha é uma Lei organica que deve ser interpretada como a norma fundamental do ordenamento jurídico catal?o. A última vers?o data de 2006 e foi ratificada por referendo, com 73,9% de votos a favor.[11]
O primeiro Estatuto de Autonomia da Catalunha foi aprovado em 1932, durante a Segunda República Espanhola, mas foi revogado em 1939 com a vitória de Francisco Franco na Guerra Civil. Na Constitui??o espanhola de 1978, a Catalunha, juntamente com o País Basco e a Galiza, foi definida como uma "nacionalidade". A mesma constitui??o deu à Catalunha o direito automático à autonomia, o que resultou no Estatuto de Autonomia da Catalunha de 1979. Tanto o Estatuto de 1979 como o actual estabelecem que "a Catalunha, enquanto nacionalidade, exerce o seu autogoverno constituído como Comunidade Autónoma, em conformidade com a Constitui??o e o Estatuto de Autonomia da Catalunha, sua lei institucional básica". O governo autónomo da Catalunha é conhecido como Generalitat de Catalunya (Generalidade da Catalunha) e consiste de um parlamento, um presidente e um conselho executivo, que trabalham com as fun??es atribuídas no Estatuto de Autonomia da Catalunha.
O Parlamento da Catalunha (em catal?o: Parlament de Catalunya) representa o povo e exerce o poder legislativo, aprova os or?amentos e controla e impulsiona a a??o política e de governo. é composto por 135 deputados eleitos por um mandato de quatro anos mediante sufrágio direto.[12] As últimas elei??es datam de 2015, com a vitória da coliga??o Juntos pelo Sim.[13]
O Presidente da Generalidade da Catalunha (em catal?o: President de la Generalitat de Catalunya) é a mais alta representa??o da Catalunha, e dirige o Conselho Executivo. é eleito pelo Parlamento da Catalunha entre os seus membros. Em 2016, o Presidente da Generalidade era Carles Puigdemont i Casamajó, do Junts pel Si (Juntos pelo Sim), coliga??o de diversos partidos defensores do independentismo, como o Partido Democrático Europeu Catal?o e a Esquerda Republicana da Catalunha. Entre 2010 e 2016, o presidente foi Artur Mas i Gavarró, da CiU; entre 2006 e 2010 foi José Montilla Aguilera, do PSC.
De acordo com o artigo 78 do Estatuto de Autonomia, o Síndic de Greuges (o Provedor de Justi?a) é o Alto Comissariado que vela pela defesa dos direitos e liberdades reconhecidos na Constitui??o e no Estatuto. A Agência Tributária da Catalunha, criada em julho de 2007, está encarregada de fazer a angaria??o e gest?o de impostos cuja competência seja da Generalidade.[14] O Conselho do Audiovisual de Catalunha é a autoridade independente que regula as comunica??es audiovisuais na Catalunha e tem como finalidade velar pelo cumprimento das leis aplicáveis aos prestadores de servi?os de comunica??o audiovisual, públicos e privados. Tem como princípios de atua??o a liberdade de express?o, pluralismo, neutralidade e honestidade informativa, bem como a livre concorrência do sector.
For?as de seguran?a
[editar | editar código fonte]
A Polícia da Catalunha (Policia de la Generalitat de Catalunya, em catal?o) ou Mossos d'Esquadra (literalmente: mo?os de esquadra) é a corpora??o policial autónoma, de estatuto civil, fundada em 1719 e a mais antiga da Europa, responsável pela seguran?a pública e presta??o do servi?o de polícia na Comunidade Autónoma da Catalunha.
Os Bombeiros da Generalidade (Bombers de la Generalitat de Catalunya, em catal?o), s?o um corpo autónomo de bombeiros que desempenha as fun??es de preven??o e de extin??o de incêndios, bem como de salvamentos em todo o território da Catalunha. Foi criado em junho de 1980 para desempenhar estas tarefas.
Movimento separatista
[editar | editar código fonte]
O Independentismo catal?o é uma corrente política, derivada do nacionalismo catal?o, que reivindica a independência da Catalunha, face à Espanha e defende a sua livre e direta integra??o na Uni?o Europeia. Foi reivindicado o separatismo catal?o com o slogan "Catalunha, novo Estado da Europa", numa manifesta??o que congregou milhares de pessoas. Corrente humana de 400 km percorrendo a costa da Catalunha no dia 11 de setembro de 2013. O movimento inspirou-se na Cadeia Báltica, que foi uma corrente humana formada na época das mobiliza??es pela independência dos Países Bálticos da Uni?o Soviética.
à revelia da Constitui??o espanhola e do Tribunal constitucional, o Presidente da Generalidade da Catalunha, Artur Mas (CiU, primeira for?a política da comunidade na altura), anunciou no dia 12 de Dezembro de 2013,[15] que convocará um referendo sobre a independência da Catalunha. Os partidos mais radicais da comunidade manifestaram o seu apoio à decis?o. ERC, Esquerda Republicana (segunda for?a política mais votada), ICV, Iniciativa pela Catalunha (quinta for?a política), UDC, Uni?o Democrática da Catalunha (parceiros de coliga??o da CiU), EUiA, Esquerda Unida e Alternativa, (parceiros políticos de coliga??o com ICV), CUP, Candidatura de Unidade Popular, (nona for?a política), s?o a favor da consulta. Os partidos PSC, Partido Socialista Catal?o, (terceira for?a política mais votada), PP-C Partido Popular — Catalunha (quarta for?a política mais votada) e C′s, Ciutadans (sexta for?a política mais votada) est?o contra este referendo. Os partidos favoráveis ao referendo somam 88 deputados dos 135 do Parlamento catal?o. O referendo tem um formato binomial: "Quer que a Catalunha seja um Estado?"; "Se sim, quer que este Estado seja independente?".
Com a suspens?o do referendo por parte do tribunal constitucional, o governo catal?o convocou um processo de "participa??o popular".
Sem acesso ao censo, mas conduzida sob as normas democráticas, de acordo com a comiss?o de observadores internacionais,[16] estima-se que a consulta n?o oficial, em que o "Sim" ganhou 80,91% dos votos, teve participa??o de menos de 34% da popula??o apta a votar de acordo com as regras do referendum,[17] isto é, toda pessoa residente na Catalunha maior de dezesseis anos.
Manifesta??o realizada no dia 11 de setembro de 2015, a partir da Av. Meridiana de Barcelona, que juntou cerca de 1,4 milh?es de pessoas num percurso de 5 km, e foi marcadamente independentista.[18]
Declara??o de independência em 2017
[editar | editar código fonte]
Em 1 de outubro de 2017[19] foi realizado um referendo a respeito da independência da Catalunha. Com 90,09% (2 020 144 votos) o "Sim" venceu o referendo, já o “N?o” obteve 7,87% (176 565 votos); os votos em branco somaram 2,03% (45 586) e nulos 0,89% (20 129). No total foram registrados 2 262 424 votos. O ex-presidente Catal?o declarou que "o resultado decretou o direito da regi?o ser um Estado", já o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy "n?o reconheceu o referendo como legal e diz que n?o ocorreu".[20] Em 10 de outubro de 2017 o Presidente da Generalidade da Catalunha Carles Puigdemont declarou independência sem efeito imediato para promover negocia??es com a Espanha.[1][21][22]
Em 27 de outubro de 2017, o parlamento catal?o votou e aprovou uma resolu??o de independência e declara independência de Espanha.[23] No mesmo dia, no entanto, o Senado da Espanha votou e aprovou a institui??o do artigo 155 da Constitui??o Espanhola retirando a autonomia à Catalunha. Mariano Rajoy destituiu o Governo da Generalidade da Catalunha e convocou elei??es na Catalunha para o dia 21 de dezembro de 2017.[5]
Subdivis?es
[editar | editar código fonte]Províncias
[editar | editar código fonte]


A Catalunha é dividida administrativamente em quatro províncias; a Deputa??o Provincial (catal?o: Diputació Provincial, castelhano: Diputación Provincial) é o órg?o administrativo e do governo da província. As províncias e suas popula??es s?o:
- Província de Barcelona, cuja capital é Barcelona
- Província de Girona, cuja capital é Girona
- Província de Lérida, cuja capital é Lérida (Lleida em catal?o)
- Província de Tarragona, cuja capital é Tarragona
Comarcas
[editar | editar código fonte]As comarcas (catal?o: comarques) s?o entidades compostas pelos municípios para gerenciar suas responsabilidades e servi?os. A atual divis?o regional tem suas raízes em um decreto da Generalidade da Catalunha de 1936, em vigor até 1939, quando foi suprimido por Franco. Em 1987, o Governo catal?o adotou a divis?o territorial novamente e em 1988 foram acrescentadas três novas comarcas (Alta Ribagor?a, Pla d'Urgell e Pla de l'Estany), e em 2015 foi criada a última comarca, o Moianès. Actualmente, existem 42.
Municípios
[editar | editar código fonte]O município (catal?o: municipi) é o local básico da organiza??o territorial da Catalunha. Existem 948 municípios em todo o território catal?o.
Ranking | Município | Comarca | Popula??o 2011[24] | Popula??o 2016[25] |
---|---|---|---|---|
1 | ![]() |
Barcelonès | 1 621,537 | 1 608 746 |
2 | ![]() |
Barcelonès | 257 038 | 254 804 |
3 | ![]() |
Barcelonès | 219 547 | 215 634 |
4 | ![]() |
Vallès Occidental | 210 941 | 215 121 |
5 | ![]() |
Vallès Occidental | 206 493 | 208 246 |
6 | ![]() |
Segrià | 135 920 | 138 144 |
7 | ![]() |
Tarragonès | 140 323 | 131 094 |
8 | ![]() |
Maresme | 121 722 | 125 517 |
9 | ![]() |
Barcelonès | 119 717 | 117 153 |
10 | ![]() |
Baix Camp | 107 118 | 103 615 |
Economia
[editar | editar código fonte]Território fortemente industrializado, os principais sectores da economia da Catalunha s?o o turismo, a indústria (de transforma??o, têxtil, química, automóvel e agroindustrial) e os servi?os. Os principais produtos agrícolas s?o: azeitonas, vinhos e espumantes (cava), cereais, milho e fruta doce e, na pecuária, o suíno e o bovino.
As exporta??es da Catalunha representam mais de 25% do total do Estado espanhol, sendo que a indústria química aporta 26,2%, o sector automobilístico, 16% e os bens e equipamentos, 12%.[26]
A Catalunha é o primeiro destino turístico da Espanha. Os principais destinos na Catalunha s?o: Barcelona (que ganhou grande projec??o internacional após sediar os Jogos Olímpicos de 1992), as praias da Costa Brava e Costa Dourada, esta??es de esqui nos Pirenéus e ainda turismo histórico (em Tarragona, com monumentos romanos classificados Património da Humanidade pela UNESCO em 2000) e turismo cultural (Figueres pelo Teatro-Museu Dalí, Barcelona pelo Museu Pablo Picasso, Funda??o Joan Miró e Antoni Tàpies, além do conjunto de obras do arquitecto Antoni Gaudí).
Do ponto de vista financeiro, a Catalunha possui institui??es com grande poder, como a La Caixa, ou o Banco Sabadell. Em termos industriais, a Catalunha é a comunidade que tem maior participa??o no PIB industrial do território espanhol, com 18,9% em 2015.[27]
Infraestrutura
[editar | editar código fonte]
- Portos: os de maior volume s?o o de Barcelona e Tarragona, que s?o também dois dos principais portos do território espanhol e do Mar Mediterraneo.
- Aeroportos: O principal localiza-se em Barcelona, o aeroporto internacional de El Prat, ampliado entre os anos 2004 e 2010 com a terceira pista e um novo terminal; existem ainda aeroportos secundários em Girona, Reus e de Lleida-Alguaire.
- Ferroviário: Funcionam na Catalunha as Rodalies de Catalunya (operado pela RENFE) e a FGC (Ferrocarrils de la Generalitat de Catalunya). Barcelona está ligada a Lérida, Tarragona, Girona e Madrid pelo AVE (comboio ou trem de alta velocidade). A liga??o a Fran?a foi inaugurada em 2013.
Educa??o
[editar | editar código fonte]
O Departamento de Ensino da Generalidade da Catalunha é o organismo público catal?o encarregado da política educativa de ambito n?o universitário. O Departamento da Empresa e Conhecimento ocupa-se das políticas educativas universitárias. A educa??o pública na Catalunha é obrigatória e gratuita para todos os indivíduos. O ensino obrigatório compreende dez anos de escolaridade e desenvolve-se entre os seis e os dezasseis anos de idade, após o qual o aluno pode aceder ao bachelarato, à forma??o profissional de grau médio, aos ciclos de grau médio de artes plásticas e desenho, aos ensinos desportivos de grau médio ou ao mercado de trabalho.
A Comunidade alberga várias institui??es de prestígio como a Universidade de Barcelona, fundada em 1450. Outras universidades públicas incluem a Universidade Aut?noma de Barcelona em Cerdanyola del Vallès, a Universidade Politécnica da Catalunha e a Universidade Pompeu Fabra em Barcelona, a Universidade de Girona, a Universidade Rovira i Virgili de Tarragona e a Universidade de Lérida (a mais antiga da Catalunha e da Coroa de Arag?o, fundada em 1300).
Saúde
[editar | editar código fonte]O CatSalut, ou Servi?o Catal?o de Saúde (Servei Català de Salut, em catal?o), foi criado em 1986 e é o organismo responsável pelo sistema de saúde público na Comunidade Autónoma da Catalunha, integrado no sistema de saúde espanhol. Está dependente da Generalidade da Catalunha.
Mídia
[editar | editar código fonte]Têm sede e s?o produzidos na Catalunha alguns canais televisivos de importancia: TV3, Canal33, Super3, Esport3, TV3CAT, 3/24 (canal 24h de notícias), BTV, 8TV, la Xarxa. Rádio: RAC1, RAC105, iCat, Catalunya Ràdio, SER Catalunya, Ràdio 4, Ràdio Flaixbac, Flaix FM. Têm sede nos Países Catal?es e s?o produzidos em língua catal?: Televis?o: Andorra Televisió, IB3; Rádio: Ràdio Andorra, Andorra Música. Entre os principais jornais est?o o La Vanguardia, El Periódico de Catalunya, Ara, El Punt Avui e L'econòmic
Cultura
[editar | editar código fonte]


Símbolos
[editar | editar código fonte]Os símbolos nacionais da Catalunha s?o elementos representativos das características únicas desta comunidade, da sua cultura e história.[28] A bandeira da Catalunha tem o nome de senyera ("senhera" em português) e tem origem no escudo utilizado pelo conde de Barcelona, Raimundo Berengário IV, no século XII. é uma bandeira com o fundo amarelo e quatro barras horizontais, de cor vermelha.
Els Segadors ("Os Ceifadores") é o hino nacional da Catalunha. A sua origem data da Guerra dos Segadores, no século XVII. A música é de Francesc Alió e foi composta em 1892, baseada em uma antiga música popular, a letra é de Emili Guanyavents (1899). A Generalidade oficializou Els Segadors em 1993. O Dia Nacional da Catalunha (em catal?o Diada Nacional de Catalunya), celebrado oficialmente cada 11 de setembro, comemora anualmente a resistência catal? durante o Cerco de Barcelona (1713–1714).
Arquitetura
[editar | editar código fonte]Na área da arquitetura foram desenvolvidos e adaptados para a Catalunha diferentes estilos artísticos prevalentes na Europa, deixando em muitas igrejas, mosteiros e catedrais, o estilo romanico[29] (os melhores exemplos de que est?o localizados na metade norte do território) e estilos góticos. Durante a Idade Média, muitos castelos fortificados foram construídos por nobres feudais para marcar seus poderes. Existem alguns exemplos de arquiteturas renascentistas, barrocas e neoclássicas. Modernismo (Art Nouveau) no final do século XIX aparece como a arte nacional. Os arquitetos catal?es de renome mundial deste estilo s?o Antoni Gaudí, Lluís Domènech i Montaner e Josep Puig i Cadafalch. No campo do racionalismo arquitet?nico, destacando-se Josep Lluís Sert e Torres Clavé e, na arquitetura contemporanea, Ricard Bofill e Enric Miralles.
Artes plásticas
[editar | editar código fonte]Os pintores catal?es de grande nome internacional s?o Salvador Dalí, Joan Miró e Antoni Tàpies. O malaguenho Pablo Ruiz Picasso viveu sua juventude na Catalunha onde iniciou o cubismo. Existem na comunidade importantes espa?os museológicos como o Teatro-Museu Dalí (em Figueres), e em Barcelona o Museu Picasso, Funda??o Joan Miró, Funda??o Antoni Tàpies, CaixaFòrum, Centro de Cultura Contemporanea de Barcelona (CCCB), Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC), Museu de Arte Contemporanea de Barcelona (MACBA), ou o conjunto arqueológico de Tarragona, considerado Património da Humanidade pela UNESCO em 2000, s?o alguns dos mais importantes.
Música
[editar | editar código fonte]Na música erudita destacam-se internacionalmente o tenor Josep Carreras, a soprano Montserrat Caballé, Jaume Aragall e Victoria de los ángeles, o violonista Pau Casals e o músico e compositor Jordi Savall. A ópera de Barcelona, ??o Gran Teatre del Liceu (aberto em 1847), permanece como uma das mais importantes na Espanha.
Na música popular Joan Manuel Serrat, Maria del Mar Bonet, Lluís Llach e Francesc Pi de La s?o os nomes mais relevantes. A rumba catal?, outro género popular, foi divulgada na cidade de Barcelona pela m?o das comunidades ciganas nos anos 1950. S?o conhecidos Los Manolos, Els Batak, La Pegatina e Dijous Paella, entre outros. No Rock catal?o s?o referências Els Pets, Gossos, Lax'n Busto, Antònia Font, Sopa de Cabra, Glaucs e Brams. Os Festivais de música rock, eletrónica e experimental s?o importantes, especialmente em Barcelona. Têm sucesso internacional o Sónar, Primavera Sound, e Crüilla.
Literatura
[editar | editar código fonte]
O uso literário da língua catal? é considerado iniciado com o texto religioso conhecido como Homilies d'Organyà, escrito no final do século XI ou início do XII. Há dois momentos históricos de esplendor da literatura catal?. O primeiro come?a com as cr?nicas historiográficas do século XIII (cr?nicas escritas entre os séculos XIII e XIV narrando os feitos dos monarcas e das principais figuras da Coroa de Arag?o) e a subsequente Idade de Ouro dos séculos XIV e XV. Após esse período, entre os séculos XVI e XIX, a historiografia romantica definiu esta época como a Decadència, considerada o período "decadente" da literatura catal? por causa de um desuso generalizado da língua vernácula em contextos culturais e falta de patrocínio entre a nobreza.
O segundo momento de esplendor come?ou no século XIX com a Renaixen?a cultural e política representada por escritores e poetas como Jacint Verdaguer, Narcís Oller, Joan Maragall e àngel Guimerà. Durante o século XX foram desenvolvidos os movimentos vanguardistas representados por Josep Carner, Carles Riba, J.V. Foix e outros. Durante a Guerra Civil eo período franquista, os autores mais proeminentes foram Josep Pla, Mercè Rodoreda e Salvador Espriu.
Depois da transi??o para a democracia (1975–1978) e da restaura??o da Generalidade da Catalunha (1977), a vida literária eo mercado editorial voltaram à normalidade ea produ??o literária catal? está a ser refor?ada com uma série de políticas linguísticas destinadas a proteger a cultura catal?. Além dos autores citados, outros relevantes escritores do século XX do período franquista e da democracia incluem Joan Brossa, Agustí Bartra, Manuel de Pedrolo, Pere Calders ou Quim Monzó.
Folclore
[editar | editar código fonte]Os Castells é uma das principais manifesta??es da cultura popular catal?. A atividade consiste em construir torres humanas através de competências de castellers (equipes). Esta prática originou-se na parte sul da Catalunha, principalmente nas regi?es do Penedès e do Camp de Tarragona, durante o século XVIII, e mais tarde foi prolongada ao longo dos séculos XIX e XX para o resto do território. A tradi??o de os Castells foi declarada obra-prima do Patrim?nio Oral e Intangível da Humanidade pela UNESCO em 2010.
A Sardana é considerada a dan?a tradicional da Catalunha, onde os participantes formam um círculo de m?os dadas. Nas grandes celebra??es est?o habitualmente presentes outros elementos da cultura popular catal?: os desfiles de gegants (gigantes) e correfocs de demónios e foguetes. Outra celebra??o tradicional na Catalunha é a Patum de Berga. A Diada de Sant Jordi (Dia de S?o Jorge), é celebrado a 23 de abril, porque este santo é considerado o patrono da Catalunha. Nesta festividade, também conhecida como o dia dos namorados na Catalunha (em vez de S?o Valentim), oferecem-se tradicionalmente rosas e livros.
Gastronomia
[editar | editar código fonte]
A gastronomia catal? tem uma longa tradi??o culinária. Seus processos culinários s?o descritos em documentos desde o século XV. Como todas as cozinhas do Mediterraneo, faz uso abundante de peixes, frutos do mar, azeite, p?o e legumes. As especialidades s?o numerosas e incluem o pa amb tomàquet (p?o com tomate), que consiste em p?o, às vezes torrado, com tomate esfregado e temperado com azeite e sal e normalmente servido acompanhado com qualquer tipo de salsichas (botifarres, fuet, presunto ibérico, etc.), presunto ou queijos. Outros s?o a cal?otada, escudella i carn d'olla, suquet de peix e, como sobremesa, a crema catalana.
Terra do vinho, a vinha catal? tem várias Denominacions d'Origen como Priorat, Montsant, Penedès e Empordà, e também encontrou lá um espumante, o cava. Também é reconhecida internacionalmente pela sua alta gastronomia, incluindo restaurantes como El Bulli ou El Celler de Can Roca, que dominam regularmente os rankings internacionais.[30]
Desportos
[editar | editar código fonte]O desporto tem uma incidência importante na vida e cultura catal?s desde o início do século XX e, como resultado, tem uma infraestrutura desportiva bem desenvolvida. Os principais esportes s?o futebol, basquetebol, handebol, rink hockey, tênis e desportos motorizados. Apesar do fato de que os esportes mais populares s?o representados fora pelas equipes nacionais espanholas, a Catalunha pode jogar oficialmente como se mesma em alguns outros, como o corfebol, o futsal ou o rugby league.[31]
A Federa??o Catal? de Futebol também periodicamente coloca uma sele??o nacional catal? contra a oposi??o internacional, jogando partidos amistosos. Nos últimos anos têm jogado com a Bulgária, Argentina, Brasil, País Basco, Col?mbia, Nigéria, Cabo Verde e Tunísia. Os maiores clubes de futebol s?o o FC Barcelona (também conhecido como Bar?a), que conquistou 5 campeonatos europeus, 4 Ta?as das Copas da UEFA eo RCD Espanyol, que foi duas vezes vice-campe?o da Ta?a UEFA. Ambos jogam na Liga. No basquetebol destacam-se o Joventut Badalona, o Futbol Club Barcelona e os campe?es mundiais Pau Gasol, Marc Gasol, Raül López, Ricky Rubio.
Os desportos motorizados tem uma longa tradi??o na Catalunha envolvendo muitas pessoas, com alguns campe?es mundiais (por exemplo Marc Márquez) e várias competi??es organizadas desde o início do século XX. O Circuito da Catalunha, construído em 1991, é um dos principais locais de desporto motorizado, com o Grande Prémio de Motociclismo da Catalunha, o Grande Prémio de F1 de Espanha, e o Grande Prêmio da Catalunha de Motovelocidade.
A Catalunha acolheu muitos eventos desportivos internacionais relevantes, como os Jogos Olímpicos de Ver?o de 1992 em Barcelona, ??e também os Jogos do Mediterraneo de 1955 ou o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2013. Realizou anualmente a quarta-mais antiga competi??o de ciclismo de estrada por etapas ainda existente no mundo, a Volta a Catalunya (Volta à Catalunha).
Ver também
[editar | editar código fonte]- História da Catalunha
- Política da Catalunha
- Condecora??es e distin??es honoríficas da Catalunha
- Lista de movimentos separatistas
Referências
- ↑ a b ?Para tentar acordo, Catalunha declara independência sem efeito imediato - Internacional - Estad?o?. estadao.com.br
- ↑ ?Court to reject 'nation' in Catalonia statute?. Consultado em 11 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2015
- ↑ ?Statute of Autonomy of Catalonia (2006), Articles 6, 50 - BOPC 224? (PDF). Consultado em 31 de janeiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 26 de agosto de 2013
- ↑ CNN, Laura Smith-Spark and Claudia Rebaza,. ?Catalan lawmakers vote to split from Spain?. CNN
- ↑ a b Istoé, ed. (27 de outubro de 2017). ?Ministros da Espanha afastam governo catal?o após declara??o de independência?. Consultado em 27 de outubro de 2017
- ↑ ?Las Cortes Catalanas y la primera Generalidad medieval (s. XIII–XIV)?. Consultado em 21 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2010
- ↑ ?Barcelona sufre los bombardeos más devastadores de su historia?. La Vanguardia
- ↑ El Relleu, "Grup Enciclopèdia Catalana". Consultado em 1 de mar?o de 2017
- ↑ ?IDESCAT? acedido em 26/09/2013
- ↑ Acadèmia Valenciana de la Llengua, ed. (2005). ?Acord de l'Acadèmia Valenciana de la Llengua (AVL), adoptat en la reunió plenària del 9 de febrer del 2005, pel qual s'aprova el dictamen sobre els principis i criteris per a la defensa de la denominació i l'entitat del valencià? (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 3 de outubro de 2010
- ↑ País, Ediciones El (19 de junho de 2006). ?Catalu?a vota a favor del Estatuto de forma rotunda, pese a una abstención del 50,59%?. EL PAíS (em espanhol)
- ↑ ?Regulamento do Parlamento da Catalunha, desde 22 de dezembro de 2005 (em catal?o e castelhano)? acedido a 18-10-2013
- ↑ PAíS, Ediciones EL. ?Resultados Electorales en Catalu?a: Elecciones Catalanas 2015?. EL PAíS (em espanhol)
- ↑ ?Eduard Vilà, nou director de l'Agència Tributària de Catalunya. Inici. Generalitat de Catalunya?. Inici (em catal?o). Consultado em 22 de fevereiro de 2017
- ↑ ?Jornal Público? acedido a 13/12/2013
- ↑ associats, Partal, Maresma i. ?La declaració de la comissió internacional del 9-N?. vilaweb.cat
- ↑ ?El País? acedido a 17/12/2014
- ↑ ?La Via Lliure, vista per la premsa internacional?. Ara.cat (em catal?o)
- ↑ ?Catalunha: governo da Espanha amea?a restringir autonomia?. globo.com
- ↑ ?Independência da Catalunha vence referendo com 90% dos votos, diz governo catal?o?. g1. 1 de outubro de 2017. Consultado em 1 de outubro de 2017
- ↑ ?Catalunha declara independência, sem efeito imediato - VEJA.com?. abril.com.br
- ↑ Minder, Raphael; Kingsley, Patrick (10 de outubro de 2017). ?In Catalonia, a Declaration of Independence From Spain (Sort of)? – via www.nytimes.com
- ↑ ?Parlamento catal?o aprova resolu??o de independência?. SIC Noticias. 27 de outubro de 2017. Consultado em 27 de outubro de 2017
- ↑ ?Actualització INE 2009?. Ine.es. 28 de maio de 2010. Consultado em 6 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 18 de Novembro de 2010
- ↑ ?Actualització IDESCAT 2016?. Ine.es. 20 de dezembro de 2016. Consultado em 6 de mar?o de 2017. Arquivado do original em 22 de setembro de 2017
- ↑ ?Catalunya concentra el 25,5% de las ventas al exterior de toda la economía espa?ola?. La Vanguardia
- ↑ ?Catalunya se mantiene como la Autonomía con mayor PIB y creció un 3,3 % en 2015?. La Vanguardia
- ↑ ?Estatuto de Autonomia da Catalunha (artigo 8)?. gencat.cat. Consultado em 1 de mar?o de 2017
- ↑ Antoni Pladevall i Font: "El Romànic català". A El llibre d'or de l'art català
- ↑ ?? Meilleur restaurant du monde ? grand prix de la tourista internationale?. Consultado em 14 de abril de 2017. Cópia arquivada em 16 de julho de 2014, Périco Légasse, marianne.net, 30 avpil 2013
- ↑ ?Esports reconeguts?. www.seleccions.cat. Consultado em 3 de mar?o de 2017
Liga??es externas
[editar | editar código fonte]- Generalidade da Catalunha(Governo Autónomo da Catalunha)
- Estatuto de Autonomia da Catalunha
- Informa??es estatística do Idescat (Instituto Catal?o de Estatísticas)